Conceitos Básicos da Multimédia II

Linearidade e não linearidade

Linearidade - É a passagem de conteúdos de multimédia através de acções pré-programadas.

O utilizador recebe informação, apoio e instruções sem controlar o conteúdo da apresentação (sistema passivo).

Não linearidade - É a passagem de conteúdos de multimédia em que o utilizador interage com o desenrolar da acção.

O utilizador recebe a informação que deseja visualizar, traçando o trajecto pelo qual deseja visualizar o conteúdo (sistema activo). 

Tipos de produtos multimédia 

Baseados nas páginas - Desenvolvidos segundo uma estrutura organizacional do tipo espacial. Os utilizadores podem consultar as suas páginas utilizando hiperligações (revistas, livros e jornais).

Baseados no tempo - Desenvolvidos segundo uma estrutura organizacional assente no tempo. Os conteúdos podem ser sincronizados, permitindo definir o momento em que dois ou mais deles estão visíveis (filmes e animação).

Tecnologia multimédia 

Através da representação digital é possível a utilização de programas para armazenar, modificar, combinar e apresentar todos os tipos de média. É também possível realizar a transmissão dos dados por meio de redes informáticas ou armazená-los em suportes, tais como CD e DVD.

A informação dos vários tipos de média (texto, gráficos, imagens, áudio e vídeo) é processada através de sistemas informáticos graças ao software com que operam.

No entanto, ao nível do hardware trabalham com base no sistema numérico binário (sistema de numeração que utiliza apenas dois dígitos: 0 e 1.

Os processadores e outros circuitos digitais são concebidos para funcionarem com os tipos de sinais eléctricos: um representa o zero (0) e o outro representa o um (1).

Sistema binário e decimal

O sistema binário ou base 2, é um sistema de numeração posicional em que todas as quantidades se representam com base em dois números, com o que se dispõe das cifras: zero e um (0 e 1).

O sistema decimal é um sistema de numeração de posição que utiliza a base dez. Baseia-se em uma numeração de posição, onde os dez algarismos 0,1,2,3,4,5,6,7,8 e 9 servem a contar unidades, dezenas, centenas, etc... da direita para a esquerda.

Como se converte um número binário para decimal e vice-versa?

Decimal para Binário (Fig.1)

Fig. 1

Divide-se sucessivamente o número decimal pela base 2 até o quociente ser zero (0), sendo o número binário constituído pelos restos das divisões, começando pelo último a ser obtido…




Binário para Decimal (Fig.2)

Fig.2

Multiplica-se cada número (0 ou 1) por 2 elevado à posição em que se encontra, e depois soma-se tudo. Neste caso o nº decimal de 100011 é 35.


Grandezas informáticas

Com a popularização do computador e, principalmente, da Internet, as grandezas usadas na informática estão presentes no nosso dia-a-dia.

1Byte = 8 bit (capacidade de armazenamento)

Múltiplos: KByte, MByte, GByte, TByte, Pbyte, EByte, ZByte, YByte (Tab. 1)

Tab.1

Sinal digital e analógico

Se os sinais que circulam num computador ou gerados por um teclado são digitais, o sinal que um microfone produz é analógico. Assim, para obter este sinal no computador há necessidade de digitalizá-lo, ou seja, convertê-lo para uma sequência de bits.

Sinal digital - sinal com valores discretos (descontínuos) no tempo e amplitude. Isso significa que um sinal digital só é definido para determinados instantes de tempo, e o conjunto de valores que podem assumir é finito.

Sinal analógico - sinal contínuo que varia em função do tempo. Um velocímetro analógico de ponteiros, um termómetro analógico de mercúrio, uma balança analógica de molas, um voltímetro analógico de ponteiros, é exemplos de sinais lidos de forma directa sem passar por qualquer descodificação complexa, pois as variáveis são observadas directamente.

O processamento de sinais analógicos é feito pela:

Amostragem - O sinal analógico é contínua no tempo e em amplitude, contem um número infinito de valores, dificultando o seu processamento pelo computador. Assim, há necessidade de inicialmente amostrar o sinal analógico

Quantificação - Em processamento de sinais, quantificação é o processo de atribuição de valores discretos para um sinal cuja amplitude varia entre infinitos valores.

Codificação - Os valores das amplitudes, depois de quantificados, precisam de ser codificados para poderem ser representados por uma sequência de bits com valor 0 ou 1.

Quantificação e codificação do sinal analógico



Recursos necessários

Para o desenvolvimento e a execução de conteúdos e aplicações multimédia, existe um conjunto de recursos de hardware, software e suportes de armazenamento de informação que podem contribuir, de acordo com as suas características e capacidades, para uma maior qualidade.

 

Hardware 

Dispositivos de entrada - Os dispositivos de entrada permitem a comunicação do utilizador para o computador.
Exemplos: Teclados, Ratos, Joystick, Scanners, Câmaras Digitais, Microfones...

 

Dispositivos de Saída - Os dispositivos de saída permitem a comunicação do computador para o utilizador.

Exemplos: Monitores, Placas Gráficas, Impressoras, Projectores de Vídeo, Colunas…

Dispositivos de entrada/saída - Os dispositivos de entrada/saída permitem a comunicação do computador para o utilizador e vice-versa.

Exemplos: Placa de Som, Placa de Rede, Ecrã Táctil, Bluetooth, Modem...

 

Dispositivos de armazenamento - Os dispositivos de armazenamento permitem guardar dados/informação de forma permanente. 

Exemplos: DVD's, CD's, Pendrives, Cartões de Memória, Discos Rígidos...